terça-feira, 25 de outubro de 2005
E a pedra não cai!
Nos meandros do limbo
Um espaço tão ténue, tão forte
Um desejo tão claro, um resultado tão escuro
Um quadro se pinta na vida
Mesmo quando um homem mete dó
Uma ruga que nasce, um pêlo que parte
O tempo que passa e os sonhos que vão
E aqueles que continuam a vir?!
A torturar a alma
São como Sisifo: pedras que sobem e descem sem parar
Sobe a ladeira meu bom homem
Mas a pedra não vai cair
Vai ficar e rolar para baixo
Vais recomeçar e, sem interrupção, empurrar
És feliz assim. Com os teus sonhos encosta acima
Não pode ser de outra forma
Com uma pincelada só...
Carlos M. Gomes
quarta-feira, 19 de outubro de 2005
Nuno Miguel Soares Pereira Ribeiro
Rebatidos estes pontos, volto-me para o seu actual momento de forma. Com a chegada de Micolli ao Benfica, o Nuno "Gomes" melhorou exponencialmente. Por ironia, no jogo da matança do borrego no Dragão, marcou dois golos sem o italiano em campo (saiu lesionado). E não escondo que me deixou muito agradado. Fizesse mais exibições assim e talvez eu não estivesse aqui a escrever este post.
Os benfiquistas, meus consócios, andam felicíssimos com o Nuno "Golos" -- o homem só tem apelidos que não são seus por direito -- e não lhe poupam elogios. Alguns, meus amigos, provocam-me com mails, com sms's ou comentários no blog. Mas onde estavam quando o Nuno "Gomes", ante o Rosenborg na época passada, depois de ter fintado o guarda-redes e ter a baliza à mercê se atirou para o chão, recebendo o segundo cartão amarelo e a consequente expulsão? Facto que prejudicou bastante o Benfica, que passou de posição quase privilegiada para passar a eliminatória para uma posição de sofrimento até ao apito afinal. E este foi só um dos muitos episódios do Nuno "Golos". Para não falar aqui das incontáveis oportunidades de golo falhadas.
Mas passemos a números. Desde que regressou ao Benfica, vindo da falida Fiorentina, o Nuno "Gomes" fez 71 jogos com a camisola encarnada até ao final da época passada. Marcou 23 golos. Fraco pecúlio para um jogador com o apelido de "Golos"! Nestes sete jogos da Liga, já marcou sete, com uma impressionante média de um golo por jogo, mais o tento decisivo na Supertaça ante o V. Setúbal. Admito que está no bom caminho, mas não me iludo. Sou exigente, como todos deveríamos ser. Fez 71 maus jogos, realizou oito bons esta temporada. Pelas minhas contas ainda nos deve 63 bons jogos. Espero que o consiga, pois não desejo mal ao Glorioso.
P. S. - O apelido Gomes do Nuno deriva do facto de ser comparado ao, esse sim, grande goleador dos anos 80, o Fernando Gomes. Mas não tem feito jus a esse apelido, que, por mero acaso, também eu tenho...
Carlos Matos Gomes
terça-feira, 11 de outubro de 2005
Oi. Eu sou o Francisco José Viegas. Tudo em cima?
O português materno não tem sotaque. O dele, nem tem o sotaque alentejano da sua terra natal, quanto mais sotaque brasileiro. Mas foi a opção escolhida. Continua discutível! O actor teve de falar daquela forma por força de compromissos contratuais, mas Francisco José Viegas não tinha contrato nenhum, que se saiba. Torna-se ainda mais discutível!
Então, por que é que falou com aquele sotaque brasileiro? Será que se der uma entrevista à RTP África vai falar com o sotaque angolano, moçambicano ou vai falar em crioulo? Fico à espera. À espera fico também de ver um actor brasileiro, um escritor famoso ou um qualquer apresentador mais conhecido em terras de Vera Cruz chegar a Portugal e numa entrevista falar com o "sotaque" da norma portuguesa da nossa língua...
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 6 de outubro de 2005
Esse monstro que corrói o país
Ventura, Zuenir, Notícias Magazine (DN), em 20051002
Vinha no Citador da Blogotinha e não podia deixar de concordar mais.
Carlos Matos Gomes
terça-feira, 4 de outubro de 2005
Proibido ser mais estúpido
Este aviso (na foto) está nas portas de entrada de um conhecido centro comercial ali na zona do Saldanha. Fiquei chocado quando o vi. Não pela ignóbil proibição, mas pela forma como está escrita. Proibido não leva acento no último I. É uma vergonha para a escrita lusa, se bem que a maioria dos frequentadores daquele centro nem liguem a esta minudicência, habituados que estão às derivações mais estapafúrdias da norma brasileira do português!
Ainda assim, quem proíbe o estudo é porque também deve ter sido proibido de o fazer ou é tão estúpido que só admite a presença de ignorantes ao seu redor. Os centros comerciais servem para vender coisas, mas estudar num dos seus cafés nunca foi impeditivo de isso acontecer.
A título de conclusão aqui fica a definição de PROIBIDO:
do Lat. prohibere
v. tr.,
impedir que se faça;
tornar defeso;
obstar;
opor-se;
interditar.
Carlos M. Gomes