quarta-feira, 27 de junho de 2007

Rolling Stones, finalmente!!!!!!

Já andava há algum tempo para ir ver os velhos do rock ao vivo. Perdi algumas oportunidades no passado, mas na segunda-feira (25.06.2007) foi de vez. Consegui assistir a um grande espectáculo do Mick Jagger, Keith Richards e companhia, no Estádio de Alavalade. Surpreendeu-me pela positiva a energia de Jagger, a empatia de Richards com o público, o som, a grandiosidade do cenário, o profissionalismo da banda ao fim de mais de 45 anos a trabalhar junta em palco. Gostei de ver a Ana Moura (ao meio na foto do El País), uma fadista que me era desconhecida até àquele dia. Boa voz, generosidade na entrega, num momento musical que deixou a desejar, mas que valeu pelo simbolismo. Resumindo: gostei, e muito.

Aos meus amigos fãs de concertos, tenho a comunicar que já completei a dupla Xutos/Stones. Faltarão outros, mas nunca é tarde...

segunda-feira, 18 de junho de 2007

O fim do mundo no metro com ela a dominar a conversa e sem lhe cair uma maçã na cabeça

O Mundo mudou muito, mas não deve de acabar tão cedo, mesmo com Isaac Newton a prever o contrário em manuscritos. O cientista que ficou conhecido por descobrir a lei da gravidade depois de levar com uma maçã na cabeça quando se sentava para descansar precisamente debaixo de uma macieira previu também o final do mundo para o ano de 2060. É o que se pode ler em documentos seus preservados pela Universidade Hebraica de Jerusalém:
«Numa carta datada de 1704, Isaac Newton, físico e astrónomo inglês especialista em teologia e alquimia, fez um cálculo baseado num excerto da Bíblia, retirado do Livro de Daniel. Segundo o cientista, 1260 anos passariam entre a refundação do Santo Império Romano por Carlos Magno, no ano 800, e o fim dos tempos.» Com esta teoria algo creacionista do final do Mundo, até ponho a lei da gravidade em causa!!!
Mais em terra, ou seja no metro, ouvi como o mundo não acaba mas muda. Conversa entre adolescentes em início de namoro:
Ela: - Dá-me isso que tens na mão.
Ele: - Não! Olha, hoje não me chamaste de amor!!! Se tivesses um teclado à frente já o tinhas feito.
Ela: - ...

Tem piada.

Real Madrid campeón!!! 30 veces...

Real Madrid es campeón y yo estoy muy feliz con eso. Me gustó mucho ver Raúl besar La Cibéles después de un partido sufrido con Maiorca. Con todo, el Madrid consiguió su trigésimo campeonato liguero. El vídeo se va a quedar por aquí hasta siempre.
http://www.youtube.com/watch?v=Bnv3idiYx2o

P.S. - Tom Cruise, el nuevo amigo de Beckham, estuvo en las bancadas aplaudiendo. Es otro nivel la liga en España!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Parabéns Naranjito!


Passe o lugar comum, é por estas e por outras que noto a idade a passar. O Naranjito, a mascote do Mundial de Espanha 1982, fez 25 anos e a efeméride foi assinalada pelo jornal Marca. Escreveram que Nadal ainda não tinha nascido, Fernando Alonso tinha onze meses e Gasol, dois anos. Gostava de escrever esta frase com desportistas de elite nacional mas não temos um tenista de topo, nem um piloto campeão do mundo de Fórmula 1 ou um basquetebolista a jogar na NBA. O mais parecido com isto que se pode arranjar é uma Neuza Silva (283.ª do ranking mundial de Ténis), um Tiago Monteiro (uma vez terceiro classificado num GP) e uma Ticha Penicheiro (jogadora na WNBA).
Bom, comparações à parte, a verdade é que a pequena laranjinha faz 25 anos. Lembro-me bem dos jogadores que, faziam furor naquela altura: Brasil, com Éder, Zico, Sócrates, Falcão, Júnior, Cerezo; Argentina com Maradona, Kempes, Ardiles; Alemanha com Breitner, Kaltz, Rumenigge; França, com Platini, Tigana, Giresse, Rocheteau. Mas o Mundial foi para a Itália com Rossi, Antognoni, Conti, Zoff. Portugal não foi apurado. Hoje é cabeça de cartaz. Há coisas que mudam para melhor.


P.S. - Lembro-me de um frango do Arconada nesse Mundial; entrei para a escola primária no mês seguinte, foram os melhores e mais frutíferos quatro anos do meu percurso escolar.

Quais afegãos, o Bush tem de estar de olho é nos albaneses e nas suas mãos

O presidente do Estados Unidos foi roubado na visita de Estado à Albânia. No contacto directo com a multidão albanesa ficou sem o relógio. E tudo isto nas barbas de uns quantos men in black da segurança pessoal da Casa Branca. Ambas as diplomacias se esforçaram depois por desmentir esta versão, dizendo que o relógio tinha sido perdido!! Veja-se as imagens e tire-se as conclusões. Primeiro tem o relógio e depois já não:



Será que quem roubou o relógio vai receber um míssil em casa?

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Messi volta a imitar Maradona

Outra vez Messi à Maradona. Já são muitas coincidências apesar do jogador do Barcelona dizer que Maradona há só um!

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Dormir numa Lisboa só!

Dormir no meio de Lisboa é um privilégio raro, mas aconteceu hoje. O dia é de feriado, a maioria dos lisboetas sai da capital à procura de sol algarvio ou afim e as ruas ficam praticamente desertas. Sento-me num banco de jardim em frente à maternidade Dr. Alfredo da Costa, leio um livro, os (poucos) carros passam com um efeito sonoro de embalo, as pálpebras começam a ceder, o corpo deita-se com o livro como almofada. Há algum pejo neste movimento, por vergonha, embaraço ou falta de prática, mas o cansaço tem um efeito desinibador e o sono vence as barreiras do pudor público. Abandono-me a ele durante cerca de trinta minutos. É delicioso e recuperador!
Acordo e sinto-me como Conan o Rapaz do Futuro, com as ruas abandonadas, as estruturas à mercê. Sinto-me abandonado pelas pessoas... É um estranho alívio!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Não quero 20 empregos flexiseguros!

Os nossos instintos provincianos disparam para níveis inaceitáveis sempre que vamos aos países nórdicos buscar modelos completamente desfasados da nossa realidade. Primeiro foi o modelo finlandês, agora é o dinamarquês (os latinos da escandinávia!!) aplicado à lei laboral. Claro que é um grande engodo trasvestir uma liberalização completa do mercado de trabalho luso como se fosse o dinamarquês. O "pai" da "flexisegurança", Poul Rasmussen, em recentes declarações à imprensa, explica que os jovens vão mudar de emprego entre 15 a 20 vezes durante a sua vida activa, mas que metade será dentro das mesmas empresas. Adianta ainda que «uma grande parte dos trabalhadores portugueses vai perder o seu emprego e não ter oportunidade de encontrar um novo". E aqui começa o problema é que na Dinamarca a média de tempo que um desempregado espera por outro emprego é de 15 dias, em Portugal é de um ano, para não falar da segurança social que suporta o dinamarquês muito diferente da nossa. Rasmussen assume que a sua solução não é brilhante, mas deixa um conselho: «não se pode competir com salários baixos, mas sim com altas qualificações.»
E digo eu: Ó Rasmussen, nós temos cá um tipo que diz que os salários baixos são uma mais valia competitiva, mesmo para os que têm altas qualificações, assim à laia dos países que estiveram por trás da cortina de ferro. A sorte é que os nossos altos qualificados fogem e depois ficam cá os inúteis para serem ministros e quejandos. E quer aqui apostar, Ó Rasmussen, que vamos ter a sua "flexisegurança" aplicada, mesmo não sendo brilhante, para que as pessoas possam simplesmente ser despedidas quase como escravos, sem direitos nem compensações, para depois andarem um ano ou mais à procura de mais um trabalho flexiseguro!? E quer também apostar que os salários baixos vão continuar em detrimento das altas qualificações?
Mais duas notas finais: Se este ex-primeiro-ministro dinamarquês considera que o seu modelo não é brilhante para a Dinamarca, com níveis de desnvolvimento muito superiores ao nosso, imagine-se a catástrofe se for cá aplicado! E fecho com um aviso: é que se os dinamarquese são conhecidos por serem os latinos da Escandinávia, nós não somos propriamente considerados os nórdicos do sul da Europa. Neste aspecto, devemos estar mais perto do Zimbabué...

terça-feira, 5 de junho de 2007

Joe, o rico que tira aos ricos ou o Robin Hood Causa Invertida dos tempos modernos

Assistimos ao nascimento de mais uma figura inédita no seio da nossa sociedade: o capitalista-populista. A seguir ao voraz político que desce até ao povo, cujo expoente máximo é o "Paulinho das feiras", eis que surge Joe Berardo o capitalista aplaudido pelo povo, o vencedor do grande Raw contra todas as OPA, o lutador infatigável a favor... dos largos milhões embolsados, o verdadeiro Robin dos Bosques dos tempos modernos, que tira aos ricos para ficar ainda mais rico. O homem até chegou a ser ovacionado, quando saiu da reunião que impediu o sucesso da OPA da Sonae sobre a PT, imagine-se!, por sindicalistas! Entretanto lutou contra Jardim "Undertacker" Gonçalves na AG do BCP e voltou a ser recompensado com uma valorização estimada de 210 milhões de euros das suas acções no maior banco privado português. Um dos argumentos esgrimido neste embate foi o meio de transporte utilizado pelo ex-presidente executivo do BCP. Joe não se conformou que ele viesse de jacto privado às expensas do BCP!!! E o povo viu e manifestou-se a seu favor.
Somos realmente pouco coerentes nas nossas (poucas!) manifestações. Ora lutamos contra a precariedade laboral, ora apoiamos um homem que legitimamente faz a sua vida a ganhar dinheiro em especulações bolsistas que muitas vezes redundam em mais despedimentos nas empresas, pois estas têm de agradar aos seus accionistas e estes não podem perder os seus altos rendimentos. Somos assim, diferentes, incoerentes. O único motivo talvez seja a deriva da falta de causas.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Cinzento a querer mudar

Hoje é dia da criança. Também foi o dia em que vi um homem no metro a ler furiosamente enquanto, num óbvio tique nervoso, palitava os dentes da frente com a ponta da unha de um dos mindinhos, fazendo umas derivações pela densa barba que lhe contornava a boca. Também fiquei a saber que o George Orwell morreu na miséria. Continuando nesta linha sem lógica, cada vez mais me convenço que estou no caminho errado, cheio de cinzento...