Dormir no meio de Lisboa é um privilégio raro, mas aconteceu hoje. O dia é de feriado, a maioria dos lisboetas sai da capital à procura de sol algarvio ou afim e as ruas ficam praticamente desertas. Sento-me num banco de jardim em frente à maternidade Dr. Alfredo da Costa, leio um livro, os (poucos) carros passam com um efeito sonoro de embalo, as pálpebras começam a ceder, o corpo deita-se com o livro como almofada. Há algum pejo neste movimento, por vergonha, embaraço ou falta de prática, mas o cansaço tem um efeito desinibador e o sono vence as barreiras do pudor público. Abandono-me a ele durante cerca de trinta minutos. É delicioso e recuperador!
Acordo e sinto-me como Conan o Rapaz do Futuro, com as ruas abandonadas, as estruturas à mercê. Sinto-me abandonado pelas pessoas... É um estranho alívio!
quinta-feira, 7 de junho de 2007
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2 comentários:
estrangeiro por terras de cá! pareceu-me delicioso!!;)
É como me sinto quase todos os dias. Estrangeiro neste corpo de adulto, com todas as inerências desse peso...
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