Todos os dias tenho mil histórias para contar. Todos os dias tenho outras mil imaginadas. Todos os dias escrevo somente uma gotinha daquilo que podia e devia. É uma angústia constante. Falta de tempo, falta de calma, falta de tranquilidade. Todas desculpas válidas. Mas o escritor Paul Auster deu-me uma pista para a real razão de só chegar à escrita pouco do que tenho em mente.
«Vezes sem conta, tenho visto os meus pensamentos esboroando-se, dissipando-se. Mal penso numa coisa, essa coisa evoca logo outra, e depois outra e outra, até que a acumulação de detalhes se torna tão densa que sinto que vou sufocar. Nunca estive tão consciente do abismo que separa pensamento da escrita.»
Carlos M. Gomes
terça-feira, 1 de março de 2005
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