terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

A faixa do meio

Todas as vezes que tenho de viajar de carro pelas auto-estradas portuguesas é um tormento. Não porque encontre muitos condutores bêbados, em excesso de velocidade ou alguns acidentes que paralisam o trânsito. Mas sim porque numa via de três faixas, em que a mais à esquerda é para os muito rápidos (160 km/h para cima) e a mais à direita é para quem segue mais à risca o código, a faixa do meio seja a mais utilizada. Não porque a da direita esteja cheia, mas sim por uma questão de «eu sou rápido e não encosto à direita; essa é para as lesmas». Por uma questão de serem marrões, os tugas preferem a do meio -- se calhar é por se dizer que aí é que está a virtude, não sei! Mas verdade é que estorvam quem segue em ritmo normal (dentro dos 140 km/h) e não se quer meter em correrias pela esquerda, nem adormecer à direita. É a falta de civismo no seu melhor.

Carlos M. Gomes

P. S. - Esta conversa toda de direita e esquerda não tem nada a ver com a campanha eleitoral, muito menos as siglas deste post scriptum...

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