terça-feira, 29 de março de 2005

Vírus

Eles
andem
aí...

Carlos M. Gomes

terça-feira, 22 de março de 2005

Foi a festa

Foi a festa senhores, foi a festa.

Carlos M. Gomes

sexta-feira, 18 de março de 2005

Ironia

Hoje é festa! É festa senhores...

Carlos M. Gomes

Justiça

Justiça.

Carlos M. Gomes

quinta-feira, 17 de março de 2005

Expressões

Duas que não quero esquecer:
Ghost Writing - Um escritor que escreve um livro para outro sem aparecer mencionado
Spaghetti Cowboy - Herói de um Western rodado em Itália.

Carlos M. Gomes

quarta-feira, 16 de março de 2005

A juventude eterna

Puer aeternus é um sonho lindo.

Carlos M. Gomes

terça-feira, 15 de março de 2005

Falta de tempo

O tempo!! Os dias são tão curtos. A vida tão rápida. E as mesmas 24 horas. Faltam horas no meu dia.

Carlos M. Gomes

sexta-feira, 11 de março de 2005

Imbecis e chuva

Vivemos num país de imbecis. Não há dúvida nenhuma.
Ah! Hoje choveu um bocadinho. Pode ser que com a água a cair do céu e a lavar a alma as coisas melhorem o nosso estado de nação imbecil. Não acredito, mas não custa ter esperança!

Carlos M. Gomes

quinta-feira, 10 de março de 2005

Não tenho

E se um dia fosse.
Fosse o que não é
E tudo o que trouxe
Seja como a fé
Em todos os sítios
Em todos os lugares
Desde nos hospícios
Até todos os bares
Um sentimento o movia
Sem saber para onde ia o ar
Pela serra ele ia
Desde o sopé até ao mais alto lugar
Descia até á cidade e olhava os olhos das ovelhas
Não queria com aquilo pactuar
E acabar sem viver a curta existência
O tempo que nos resta nesta terra
Sem aproveitar toda a sua essência
Quis ser negra e fugir do rebanho
Olha nos olhos do medo
E dizer: «Não tenho...»

Carlos M. Gomes

quarta-feira, 9 de março de 2005

Coragem

É preciso muita coragem. Foi há três dias.

Carlos M. Gomes

sábado, 5 de março de 2005

Um pouco de esperança

Só para terminar a semana a pensar que tenho de viver todos os dias e não só ao fim-de-semana:
«Mais um ano de esperança? Não o queiras se a esperança é adiar, e vive-o como se fosse a vida inteira se tiveres de esperar.»

Alexandre O'Neill


Carlos Matos Gomes

sexta-feira, 4 de março de 2005

O dinheiro

Eu chamo-lhe o vil metal. Oscar Wilde é mais vernacular e diz que «o dinheiro é o cagalhão do diabo». Paul Auster cita Marx: «Se o dinheiro é o laço que me une à vida humana, que une a sociedade ao indivíduo que eu sou, que me une à natureza e ao homem, não será o dinheiro o laço de todos os laços? Não terá o dinheiro o poder de atar e desatar todos os laços? Não será o dinheiro, por isso mesmo, o agente de divisão universal?». O mesmo Auster completa com as suas palavras: «Se vemos o mundo apenas em termos de dinheiro, acabamos por não ver mundo nenhum.» Eu não tenho coragem de acrescentar mais nada. Limito-me a subscrever.

Carlos M. Gomes

quinta-feira, 3 de março de 2005

De como viver

Jacob Needleman debruça-se sobre o tempo, como o usamos e quais os nossos desesperos. Ele tenta elucidar quanto à forma de vivermos. Aqui fica um conselho seu:
«A única forma de obter resposta para estas questões dos sentidos é abandonar toda a curiosidade comezinha e aceitar a maré do ser que nos leva até ao âmago secreto da natureza, do trabalho e da vivência, e tudo isto enquanto a alma em evolução construiu e forjou por si mesma uma nova condição, e a pergunta e a resposta se tornarem numa só.»

Carlos M. Gomes

quarta-feira, 2 de março de 2005

O sol da saudade

Dói no coração
Penetra sem parar
O sol a queimar
A pele nua e branca
O fogo de uma mulher
Queima sem parar
Deixa saudades, palavra única
Muitas saudades
O fogo está longe
Montes e vales o separam de mim
Mas o sol continua a queimar
A pele nua e branca junto ao mar
Sem ter para onde fugir
Vai como um louco, um Ícaro
De encontro ao sol
Para aquecer os sentimentos de penar
E não enganar
Pois o louco não engana

Carlos M. Gomes

terça-feira, 1 de março de 2005

O que escrever?

Todos os dias tenho mil histórias para contar. Todos os dias tenho outras mil imaginadas. Todos os dias escrevo somente uma gotinha daquilo que podia e devia. É uma angústia constante. Falta de tempo, falta de calma, falta de tranquilidade. Todas desculpas válidas. Mas o escritor Paul Auster deu-me uma pista para a real razão de só chegar à escrita pouco do que tenho em mente.
«Vezes sem conta, tenho visto os meus pensamentos esboroando-se, dissipando-se. Mal penso numa coisa, essa coisa evoca logo outra, e depois outra e outra, até que a acumulação de detalhes se torna tão densa que sinto que vou sufocar. Nunca estive tão consciente do abismo que separa pensamento da escrita.»

Carlos M. Gomes