You Are 60% Weird |
sexta-feira, 30 de dezembro de 2005
Sou mesmo tarado, sem saber...
terça-feira, 13 de dezembro de 2005
sexta-feira, 9 de dezembro de 2005
O suicida de pré-fim-de-semana que não é notícia televisiva por pudor social ou mesmo medo
Estou ao nível do oitavo andar e tenho uma perspectiva privilegiada para observar o acontecimento. Ouço os comentários dos meus colegas. Uns riem-se, outros censuram esse riso.
O suicídio é uma coisa que assusta. Uma pessoa a desistir da vida, como se esta de nada servisse, faz-nos pensar na nossa. Faz-nos pensar se também não queremos ser cobardes e acabar com isto. Ora porque temos e já não sabemos o que mais queremos. Ora porque não temos e estamos sem perspectivas. A solução passa sempre por ser...
Outra coisa curiosa desta situação, nada normal, convenhamos, é o facto de as televisões se terem abstido de comparecer. Mais a mais quando há canais de notícias 24 horas por dia a encherem chouriços com as inúmeras intervenções dos candidatos às eleições presidenciais. A explicação, passe a teoria da conspiração, é que esta decisão de não ampliar este acto a um nível nacional se deve a uma consciência do estado das coisas. Imaginemos que a notícia é difundida pelas televisões. Não faltaria quem dissesse que este país está à beira do abismo (e está!). Teria talvez um efeito nefasto nas pessoas, que já andam desanimadas de per si.
Acredito que esta tenha sido uma decisão de consciência social, talvez com ouvidos ainda nas declarações de Jorge Sampaio que recentemente falou dos renovados papéis da comunicação social, particularmente do jornalismo. Mas lá que uma pessoa a querer matar-se no centro de Lisboa é notícia, é! Deve ter reflexos num espaço de breves nos jornais do dia seguinte. causa menos danos ou mesmo nenhuns. Não sei se é bom se é mau. Fica a dúvida, como ficam as dúvidas em torno do eventual suicida, que a esta hora ainda não se decidiu se fica ou se vai!
Carlos M. Gomes
terça-feira, 15 de novembro de 2005
Será???
You Should Get a JD (Juris Doctor) |
You're logical, driven, and ruthless. You'd make a mighty fine lawyer. |
terça-feira, 25 de outubro de 2005
E a pedra não cai!
Nos meandros do limbo
Um espaço tão ténue, tão forte
Um desejo tão claro, um resultado tão escuro
Um quadro se pinta na vida
Mesmo quando um homem mete dó
Uma ruga que nasce, um pêlo que parte
O tempo que passa e os sonhos que vão
E aqueles que continuam a vir?!
A torturar a alma
São como Sisifo: pedras que sobem e descem sem parar
Sobe a ladeira meu bom homem
Mas a pedra não vai cair
Vai ficar e rolar para baixo
Vais recomeçar e, sem interrupção, empurrar
És feliz assim. Com os teus sonhos encosta acima
Não pode ser de outra forma
Com uma pincelada só...
Carlos M. Gomes
quarta-feira, 19 de outubro de 2005
Nuno Miguel Soares Pereira Ribeiro
Rebatidos estes pontos, volto-me para o seu actual momento de forma. Com a chegada de Micolli ao Benfica, o Nuno "Gomes" melhorou exponencialmente. Por ironia, no jogo da matança do borrego no Dragão, marcou dois golos sem o italiano em campo (saiu lesionado). E não escondo que me deixou muito agradado. Fizesse mais exibições assim e talvez eu não estivesse aqui a escrever este post.
Os benfiquistas, meus consócios, andam felicíssimos com o Nuno "Golos" -- o homem só tem apelidos que não são seus por direito -- e não lhe poupam elogios. Alguns, meus amigos, provocam-me com mails, com sms's ou comentários no blog. Mas onde estavam quando o Nuno "Gomes", ante o Rosenborg na época passada, depois de ter fintado o guarda-redes e ter a baliza à mercê se atirou para o chão, recebendo o segundo cartão amarelo e a consequente expulsão? Facto que prejudicou bastante o Benfica, que passou de posição quase privilegiada para passar a eliminatória para uma posição de sofrimento até ao apito afinal. E este foi só um dos muitos episódios do Nuno "Golos". Para não falar aqui das incontáveis oportunidades de golo falhadas.
Mas passemos a números. Desde que regressou ao Benfica, vindo da falida Fiorentina, o Nuno "Gomes" fez 71 jogos com a camisola encarnada até ao final da época passada. Marcou 23 golos. Fraco pecúlio para um jogador com o apelido de "Golos"! Nestes sete jogos da Liga, já marcou sete, com uma impressionante média de um golo por jogo, mais o tento decisivo na Supertaça ante o V. Setúbal. Admito que está no bom caminho, mas não me iludo. Sou exigente, como todos deveríamos ser. Fez 71 maus jogos, realizou oito bons esta temporada. Pelas minhas contas ainda nos deve 63 bons jogos. Espero que o consiga, pois não desejo mal ao Glorioso.
P. S. - O apelido Gomes do Nuno deriva do facto de ser comparado ao, esse sim, grande goleador dos anos 80, o Fernando Gomes. Mas não tem feito jus a esse apelido, que, por mero acaso, também eu tenho...
Carlos Matos Gomes
terça-feira, 11 de outubro de 2005
Oi. Eu sou o Francisco José Viegas. Tudo em cima?
O português materno não tem sotaque. O dele, nem tem o sotaque alentejano da sua terra natal, quanto mais sotaque brasileiro. Mas foi a opção escolhida. Continua discutível! O actor teve de falar daquela forma por força de compromissos contratuais, mas Francisco José Viegas não tinha contrato nenhum, que se saiba. Torna-se ainda mais discutível!
Então, por que é que falou com aquele sotaque brasileiro? Será que se der uma entrevista à RTP África vai falar com o sotaque angolano, moçambicano ou vai falar em crioulo? Fico à espera. À espera fico também de ver um actor brasileiro, um escritor famoso ou um qualquer apresentador mais conhecido em terras de Vera Cruz chegar a Portugal e numa entrevista falar com o "sotaque" da norma portuguesa da nossa língua...
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 6 de outubro de 2005
Esse monstro que corrói o país
Ventura, Zuenir, Notícias Magazine (DN), em 20051002
Vinha no Citador da Blogotinha e não podia deixar de concordar mais.
Carlos Matos Gomes
terça-feira, 4 de outubro de 2005
Proibido ser mais estúpido
Este aviso (na foto) está nas portas de entrada de um conhecido centro comercial ali na zona do Saldanha. Fiquei chocado quando o vi. Não pela ignóbil proibição, mas pela forma como está escrita. Proibido não leva acento no último I. É uma vergonha para a escrita lusa, se bem que a maioria dos frequentadores daquele centro nem liguem a esta minudicência, habituados que estão às derivações mais estapafúrdias da norma brasileira do português!
Ainda assim, quem proíbe o estudo é porque também deve ter sido proibido de o fazer ou é tão estúpido que só admite a presença de ignorantes ao seu redor. Os centros comerciais servem para vender coisas, mas estudar num dos seus cafés nunca foi impeditivo de isso acontecer.
A título de conclusão aqui fica a definição de PROIBIDO:
do Lat. prohibere
v. tr.,
impedir que se faça;
tornar defeso;
obstar;
opor-se;
interditar.
Carlos M. Gomes
sexta-feira, 30 de setembro de 2005
O Sr. "Manel"
- Para quê? Para quê? -- Pergunta o pai ao filho, já consciente do seu final.
- Temos de ir pai. -- Diz carinhosamente o filho, também ele sabia que podia ser aquela a última vez que ia levar o pai ao hospital.
Confirmou-se, infelizmente, a premonição do Sr. João. O seu pai, o Sr. "Manel", acabou por falecer, com a tranqulidade merecida, na noite de 28 de Setmebro de 2005. Morreu também uma referência da minha infância e o avô de um "irmão" que eu tenho. Do Sr. "Manel" ficam-me duas "estórias" que hei-de lembrar.
A primeira relata a morte de uma ratazana que se havia enfiado pela boca de sino das suas calças de sapateiro enquanto estava no seu ofício. Homem prático e sem medos, esborrachou o roedor com as próprias mãos quando este lhe trepava pelas pernas acima. Evitou que chegasse a sítios piores...
A segunda estória, já o Sr. "Manel" dependia de muletas para se locomover, refere-se a um dia em que o "Flecha", conhecido por causar distúrbios, o chateou à porta de casa. O homem não esteve com meias medidas, sacou de uma das muletas e deu com ela em cheio da cabeça do "Flecha". Remédio santo. O apoio ficou danificado, mas o chato foi-se embora sem demais.
É assim que vou lembrar o Sr. "Manel", um homem íntegro, honesto e cheio de dignidade. Passou isso tudo ao neto. E ainda bem. A ele, ao Paiva, quero aqui deixar os meus mais sinceros sentimentos pelo desaparecimento, assim como à restante família. Perdeu o avô, mas ganhou um anjo no céu, que tenho a certeza que o vai continuar a guiar.
Boa viagem Sr. "Manel"!
Carlos M. Gomes (ou Carlitos, como ele me chamava)
segunda-feira, 19 de setembro de 2005
Quem diria...
Your Career Type: Artistic |
Your talents lie in your artistic abilities: creative writing, drama, crafts, music, or art. You would make an excellent: Actor - Art Teacher - Book Editor Clothes Designer - Comedian - Composer Dancer - DJ - Graphic Designer Illustrator - Musician - Sculptor The worst career options for your are conventional careers, like bank teller or secretary. |
sexta-feira, 9 de setembro de 2005
sexta-feira, 17 de junho de 2005
terça-feira, 14 de junho de 2005
"Olhe que não doutor..."
Carlos M. Gomes
sexta-feira, 10 de junho de 2005
Uma memória
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 9 de junho de 2005
terça-feira, 7 de junho de 2005
segunda-feira, 6 de junho de 2005
sábado, 4 de junho de 2005
A luz é forte
Carlos M. Gomes
sexta-feira, 3 de junho de 2005
quarta-feira, 1 de junho de 2005
Uma lenta fila
Carlos M. Gomes
terça-feira, 31 de maio de 2005
quinta-feira, 26 de maio de 2005
terça-feira, 24 de maio de 2005
O refúgio dos maus
Voltemos ao assunto Guterres. Vai ter questões muito delicadas pela frente, resta saber se vai ter a coragem necessária para as enfrentar a sério ou se vai ocupar o cargo para ser como a rainha de Inglaterra.
Aqui fica uma das questões: a Coreia do Norte. Kim Il Sung, ditador daquele país, além de deter poder nuclear, vai chacinando bebés e matando a bel-prazer. Aqui fica um episódio contado por David Hawk, antigo director da delegação da Amnistia Internacional nos EUA, em entrevista à Grande Reportagem: «Há, por exemplo, o caso de uma mulher de 66 anos que fugiu para a China em 1997 com o seu marido e cinco das suas crianças. Foi depois repatriada. (...) Demasiado fraca e velha para trabalhar(...) foi encarregada de prestar assistência às mulheres grávidas. Ajudou nos partos de sete bebés, todos eles posteriormente mortos. Após um dos partos, preparava-se para limpar o recém-nascido quando foi impedida por um dos guardas, que o pegou por um pé e o atirou para uma caixa.(...) Quando a caixa ficou cheia de bebés, os guardas levaram-na para a rua e queimaram-na.»
Perante isto, quem tem lata de se preocupar com o défice? Ou com as desconfianças de Ferreira Leite em relação ao cálculo do mesmo? Ou com as heranças do défice que provavelmente nos levarão até à Monarquia, passando por Salazar, como diz Filipe Rodrigues Silva, do Diário Digital?
Carlos M. Gomes
segunda-feira, 23 de maio de 2005
Benfica até no céu
O campeonato foi muito disputado, por baixo na minha opinião, mas o Glorioso acabou por ser o menos irregular entre os crónicos candidatos. Venceu com justiça e muito sofrimento. Eu duvidei que ganhasse, mas ganhou. Trapattoni, um técnico italiano defensor do "catenaccio", por ironia foi quem levou o Benfica de novo aos píncaros. Nunca concordei com a forma como as suas equipas jogam. E continuo sem concordar. Mas como um amigo meu me disse há umas semanas: «O que interessa ao Benfica, agora, é ganhar, o futebol bonito vem depois.» Tive de concordar.
Sem a pressão de ter de ganhar, sob pena de a travessia do deserto ser mais longa, o Benfica tem, agora, condições para evoluir para um futebol mais espectacular, que faça com que as pessoas que pagam para ir ver os jogos se sintam recompensadas. Sim, porque é possível vencer e jogar bom futebol. A "velha raposa" não acredita nisso, mas justiça lhe seja feita, geriu muito bem um plantel curto e com óbvias limitações de qualidade de jogadores. Não se lhe podia pedir muito mais. Ou podia?
A festa saiu à rua após o empate - não poderia deixar de ser um empate - com o Boavista. Fui à nova Luz comemorar com outros 55 mil adeptos o primeiro campeonato daquela Catedral. Foi lindo!! Arrepiei-me. E não pude deixar de ter sempre presente na memória uma pessoa: a minha falecida tia Natália. Foi ela quem me inculcou o benfiquismo. Foram anos a fio a ir à bola com ela. Ver o Glorioso. Ela viu o título a ser comemorado lá de cima, do céu. Acredito que tenha sido uma estrelinha do Benfica durante esta temporada. Este campeonato também é teu tia...
Carlos M. Gomes
sexta-feira, 20 de maio de 2005
O Estado da Nação
Tomou posse o PS e, afinal, o défice é de 6,83 por cento, de acordo com o relatório Constâncio. Não fica bem ao novo governo, à laia de dirigentes do futebol, dizer que a situação vai ser complicada porque "herdaram" um défice pior. Cabe aos novos dirigentes políticos inverter essa tendência do que vem atrás que feche a porta. Não vale a pena perderem-se em discursos políticos a pensar nas eleições autárquicas e presidenciais. Não é isso, em última instância, que serve Portugal. Os partidos têm de perder a mania de que os seus interesses são maiores e mais urgentes que os do próprio país que, alegadamente, servem.
Espero ouvir, a partir da próxima semana, notícias a darem conta do aumento dos impostos, do corte no investimento público, de ter de se recorrer a receitas extraordinárias. Até estou preparado, se bem que mal, para o aumento dos impostos sobre os produtos petrolíferos. Mas que o PS saiba o que está a fazer. Que não se guie só pelo desejo de cumprir o PEC. Que não hipoteque o futuro de uma geração de jovens portugueses que está a ser coarctada de oportunidades. Que pense que está no poder para servir e não para se servir.
Quebrem o silêncio e façam sair essas medidas, mas que tenham um discurso e uma prática optimistas em relação a um futuro breve. Mudem o disco do fado para outra música mais alegre, mas mais consciente e menos dada a emoções e resoluções de última hora. Pensemos em reestruturar o país a sério e sem medos de penalizações em eleições. Portugal é maior do que os senhores dos palácios ou da Assembleia da República!
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 19 de maio de 2005
quarta-feira, 18 de maio de 2005
Perder em casa
Não mereciam esta crueldade. José Peseiro é um bom treinador, mas faltou-lhe a "estrelinha" de campeão, que também lhe faltou quando foi adjunto de Carlos Queiroz no Real Madrid.
Perder as duas competições em que esteve envolvido até ao final é uma grande desilusão. A razão, pela voz do presidente Dias de Cunha, diz que o técnico vai continuar para a próxima temporada. Mas a emoção, na boca dos adeptos, é capaz de ditar sorte diferente. E o próprio Peseiro sabe que a sua situação é insustentável. Tem que saber que as palmas dos adeptos leoninos no final do jogo com o CSKA foram para os jogadores, como sempre foram. Para si, os adeptos reservaram o desagrado quando fez uma substituição quando já se antevia o pior. Tirou João Moutinho, a nova coqueluche de Alvalade, e fez entrar Hugo Viana. Ouviu assobios. E vai ouvir mais, até que saia... É pena! Merecia outra sorte.
Carlos M. Gomes
segunda-feira, 16 de maio de 2005
A hipocrisia da exploração
Se o cenário é de baixa do preço, por que é que os combustíveis em Portugal continuam em alta? Dizem as gasolineiras que o crude é um futuro e que têm de esperar pela consolidação da tendência de queda do preço do crude para depois baixar os preços de revenda. Mas quando é para subir não esperam por consolidação da subida do ouro negro. Porque será? E porque nos mantemos calados?
Carlos M. Gomes
sábado, 14 de maio de 2005
Sexta-feira
Carlos M. Gomes
sexta-feira, 13 de maio de 2005
A frase de engate para a minha Marisa
To pick up Marisa: Am I dead Angel? Cause this must be heaven! |
Queres saber qual é a frase para engatar a tua? Clica no link acima para ires directamente à Blogthings.
Carlos M. Gomes
Falta de tempo
Carlos M. Gomes
terça-feira, 10 de maio de 2005
Procedimentos
Carlos M. Gomes
segunda-feira, 9 de maio de 2005
"Ripa na rapaqueca!"
Conheci-o em 1999, quando acompanhei o Benfica à Suécia, num jogo frente ao Halmstads (Halmstads - Benfica = 2-1, 2-2) a contar para a primeira eliminatória da Taça UEFA. Durante os quatro dias que privei com ele, ficou-me a memória de uma pessoa truculenta, mas honesta; controversa, mas com sentido; mas fica-me, sobretudo, o grande prazer de ter estado ao pé, de ter ouvido um relato ao vivo de uma referência dos relatos de futebol. Não ficámos amigos nem nada que se parecesse. Vi-o muitas vezes depois dessa experiência nórdica. Trocámos alguns cumprimentos cordiais, mas nada mais. É sempre bom manter a distância dos mestres. Foi o que fiz.
Gritou o último golo com as cores do Sporting. Aquele que deu o acesso à final da Taça UEFA. Foi uma despedida digna dele.
Adeus Sr. Jorge Perestrelo. Vou sentir falta.
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 5 de maio de 2005
Não dá o Benfica, pode dar o Sporting
Na final vai estar o CSKA Moscovo, ironicamente, a equipa que afastou o meu Benfica desta competição. Espero que o Sporting ganhe e me dê um prazer que o meu clube nunca me deu desde que nasci: ganhar uma competição europeia. Que me perdoem os meus ferrenhos amigos benfiquistas e os conservadores leoninos, mas dia 18 de Maio vou torcer do fundo do coração pelo Sporting. E relembro aqui o que disse há algumas semanas, citando o Torres: «Deixem-me sonhar!»
Carlos M. Gomes
terça-feira, 3 de maio de 2005
A liberdade que temos
Hoje, só quem aparece é que é gente. Os imbecis dos reality-shows não passam despercebidos em lado nennhum. As pimpinhas, as cinhas, as lilis caneças, as pequeninas rodrigues e outros sucedâneos mal conseguidos de uma elite proliferam. Dão a imagem de que aquela gente é que é referência.
Na rua poucas pessoas sabem, por exemplo, quem é Teresa Patrício Gouveia, a administradora da Gulbenkian. Uma mulher que muito fez, e faz, pela nossa cultura. Ninguém fala dela nos autocarros. É um exemplo entre muitos.
Por isso, voltando ao tema principal, a liberdade de imprensa degenerou numa loucura mediática que nos consome e nos fecha no mundo, dando a sensação contrária. Rouba o tempo para pensar, não deixa mesmo espaço para a reflexão. Conduz-nos a um processo de estupidificação.
Não são palavras novas as minhas. Podia também falar dos grande grupos de comunicação social, que vêm os lucros a crescer sumptuosamente à conta de redacções infestadas de jornalistas de aviário, sem massa crítica, uma série de seguidistas que tudo fazem para segurar o tacho. Enfim, é tema para outro post. Mas aqui fica a pergunta: É esta liberdade sem luz ao fundo que nós queremos. Eu não!
Carlos M. Gomes
segunda-feira, 2 de maio de 2005
Aqui vos deixo três do Aleixo
«A fome, a dor, a tristeza
São - por nossa inf'licidade -
O preço por que a pobreza
Paga a sua honestidade
Neste mundo, onde sobejam
Os homens de pouco siso,
Talvez os malucos sejam
Os que têm mais juízo
Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência,
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência!»
Escreveu estas quadras há décadas, mas ainda hoje o algarvio tem razão.
Carlos M. Gomes
terça-feira, 26 de abril de 2005
sexta-feira, 22 de abril de 2005
Será?
Discorde quem puder...
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 21 de abril de 2005
Polegar maroto
Carlos M. Gomes
quarta-feira, 20 de abril de 2005
Imposto Sobre Rendimento... sonhado
Carlos M. Gomes
terça-feira, 19 de abril de 2005
Um que vale por dois
«Na presença de uma realidade extraordinária, a consciência toma o lugar da imaginação», diz o autor norte-americano em pleno espaço público do país do bronco Bush. O filósofo super-star português tem de se cingir à realidade dos factos lusitanos com poucas coisas extraordinárias. Ou melhor, com poucas que sejam assim admitidas: «(...)numa sociedade em que tudo se faz para encobrir os conflitos, não combatendo frontalmente o adversário, convém particularmente bem ao trabalho da inveja; porque um dos laços mais fortes da sociabilidade política (que substitui, em particular, o laço de cidadania, muito fraco) é o queixume -- cuja relação com a inveja é das mais estreitas...»
Carlos M. Gomes
sábado, 16 de abril de 2005
Um poema de Andrade
«Tenho saudade de mim mesmo sau-
-dade sob aparência de remorso,
de tanto que não fui, a sós, a esmo
e de minha alta ausência em meu redor.
Tenho horror, tenho pena de mim mesmo
e tenho muitos outros sentimentos
violentos. Mas se esquivam no inventário,
e meu amor é triste como é vário,
e sendo vário é um só. Tenho carinho
por toda a perda minha na corrente
que de mortos a vivos me carreia
e a mortos restitui o que era deles
mas em mim se guardava. A estrela-d'alva
penetra longamente seu espinho
(e cinco espinhos) na minha mão»
Aqui fica um poema de Carlos Drummond de Andrade para fechar a semana.
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 14 de abril de 2005
Viva o Sporting!
Como tema de retorno, quero hoje falar sobre a magnífica vitória do Sporting sobre o Newcastle, no jogo da segunda-mão dos quartos-de-final da Taça UEFA. Em Inglaterra, perderam, por 0-1. Em Alvalade, os bifes também começaram a vencer, mas Niculae, Sá Pinto, Beto e Rochemback encheram de alegria todos os portugueses, sobretudo os sportinguistas. O resultado final foi um bombástico 4-1!!
Ouvi o relato, não vi o jogo na RTP 1 devido a imperativos profissionais, e vibrei com tudo o que se passou ontem à noite pela voz do Pedro Sousa, da Rádio Renascença. O homem até ficou roco...
Quem me conhece, sabe que sou do Benfica. Alguns estranham esta minha veia lagarta, mas é que foi em Alvalade, no velhinho estádio, que aprendi o que era desporto e como nos devemos comportar perante este fenómeno. Nunca me divido quando Benfica e Sporting se defrontam, mas ontem fui todo Sporting. Posso confessar que quase me emocionei. Foi uma vitória que me salvou o dia mau que estava a ter. Foi fantástico. Ao Sporting, a todos os meus amigos que simpatizam com este clube, os meus mais sinceros parabéns.
Segue-se o AZ Alkmaar, da Holanda, onde mora um dos treinadores sensação da Europa (Co Adriaanse), apontado como possível no FC Porto. Há que ter cautelas, mas como o Torres disse: «Deixem-me sonhar!»
Carlos M. Gomes
terça-feira, 29 de março de 2005
terça-feira, 22 de março de 2005
sexta-feira, 18 de março de 2005
quinta-feira, 17 de março de 2005
Expressões
Ghost Writing - Um escritor que escreve um livro para outro sem aparecer mencionado
Spaghetti Cowboy - Herói de um Western rodado em Itália.
Carlos M. Gomes
quarta-feira, 16 de março de 2005
terça-feira, 15 de março de 2005
Falta de tempo
Carlos M. Gomes
sexta-feira, 11 de março de 2005
Imbecis e chuva
Ah! Hoje choveu um bocadinho. Pode ser que com a água a cair do céu e a lavar a alma as coisas melhorem o nosso estado de nação imbecil. Não acredito, mas não custa ter esperança!
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 10 de março de 2005
Não tenho
Fosse o que não é
E tudo o que trouxe
Seja como a fé
Em todos os sítios
Em todos os lugares
Desde nos hospícios
Até todos os bares
Um sentimento o movia
Sem saber para onde ia o ar
Pela serra ele ia
Desde o sopé até ao mais alto lugar
Descia até á cidade e olhava os olhos das ovelhas
Não queria com aquilo pactuar
E acabar sem viver a curta existência
O tempo que nos resta nesta terra
Sem aproveitar toda a sua essência
Quis ser negra e fugir do rebanho
Olha nos olhos do medo
E dizer: «Não tenho...»
Carlos M. Gomes
quarta-feira, 9 de março de 2005
sábado, 5 de março de 2005
Um pouco de esperança
«Mais um ano de esperança? Não o queiras se a esperança é adiar, e vive-o como se fosse a vida inteira se tiveres de esperar.»
Alexandre O'Neill
Carlos Matos Gomes
sexta-feira, 4 de março de 2005
O dinheiro
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 3 de março de 2005
De como viver
«A única forma de obter resposta para estas questões dos sentidos é abandonar toda a curiosidade comezinha e aceitar a maré do ser que nos leva até ao âmago secreto da natureza, do trabalho e da vivência, e tudo isto enquanto a alma em evolução construiu e forjou por si mesma uma nova condição, e a pergunta e a resposta se tornarem numa só.»
Carlos M. Gomes
quarta-feira, 2 de março de 2005
O sol da saudade
Penetra sem parar
O sol a queimar
A pele nua e branca
O fogo de uma mulher
Queima sem parar
Deixa saudades, palavra única
Muitas saudades
O fogo está longe
Montes e vales o separam de mim
Mas o sol continua a queimar
A pele nua e branca junto ao mar
Sem ter para onde fugir
Vai como um louco, um Ícaro
De encontro ao sol
Para aquecer os sentimentos de penar
E não enganar
Pois o louco não engana
Carlos M. Gomes
terça-feira, 1 de março de 2005
O que escrever?
«Vezes sem conta, tenho visto os meus pensamentos esboroando-se, dissipando-se. Mal penso numa coisa, essa coisa evoca logo outra, e depois outra e outra, até que a acumulação de detalhes se torna tão densa que sinto que vou sufocar. Nunca estive tão consciente do abismo que separa pensamento da escrita.»
Carlos M. Gomes
sábado, 26 de fevereiro de 2005
Nasce uma vida na vida
Esperamos por ti com amor
Esperamos que sejas recto
Estamos cá para viveres com fervor
Nesta vida de que todos se queixam
Há uns que complicam
E outros que não deixam
Vem com saúde e com um sorriso
Mas vem consciente
Que isto não é o paraíso
Mas não é inferno nenhum
Só tens de fazer
Para não seres simplesmente mais um
Vem trazer alegria e felicidade
Vem com todo prazer
Sê um menino/a corajoso/a
E sempre cheio de dignidade
Há na vida muita coisa para fazer
Cá estamos para te ajudar
Vem com todo o prazer
Acredita que o Mundo podes mudar!
Carlos M. Gomes
P.S. - Este poema é dedicado ao futuro filho/a da Cláudia e do Bruno pelos padrinhos babados.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005
O que se passa
Mais uma vez, obrigado Gabito.
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005
Os portugueses
Claramente, aquele foi o "high-light" do seu dia: mostrar perante os outros que tem um telemóvel de última geração. Típico dos portugueses. Têm uma casa de largos milhares de contos, mas depois não têm dinheiro para a comida e chegam a não ter para pagar a referida casa. Têm um carro último modelo, mas está estacionado à frente do prédio, porque não têm dinheiro para o combustível. Vâo de férias para sítios exóticos... e pagam a crédito. Mas sentam-se a falar com os amigos e dizem: «A minha casa é um espectáculo, o meu telemóvel tem tudo e é pequeno, as minhas férias foram o máximo e estou a pensar em comprar um BMW dos novos...» E os outros que tais, invejam o seu amigo.
É assim! Somos um povo pouco inteligente, com a mania das grandezas e muito invejoso, que prefere ter a ser...
Carlos M. Gomes
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005
Combater a inveja
«A única maneira de combater a inveja é afirmar-se a si próprio na sua máxima singularidade.»
Carlos M. Gomes
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005
O futuro é PS. Assim o decidiram...
Carlos M. Gomes
sábado, 19 de fevereiro de 2005
O futuro
Carlos M. Gomes
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005
Um pouco mais de Aleixo
«Sem ter chicote nem vara
Manda-me a minha razão
Atirar versos à cara
Dos que me roubam o pão.»
«As quadras mal acabadas
Sem terem regra nem norma,
São beijos, são chicotadas,
Que não sei dar de outra forma.»
«A quadra tem pouco espaço;
Mas eu fico satisfeito,
Quando numa quadra faço
Alguma coisa com jeito.»
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005
Descubrí...
«Descubrí que mi obsesión de que cada cosa estuviera en su puesto, cada asunto en su tiempo, cada palabra en su estilo, no era el premio merecido de una mente en orden, sino al contrario, todo un sistema de simulación inventado por mí para ocultar el desorden de mi naturaleza. Descubrí que no soy disciplinado por virtud, sino como reacción contra mi negligencia; que parezco generoso por encubrir mi mezquindad, que me paso de prudente por mal pensado, que soy conciliador para no sucumbir a mis cóleras reprimidas, que sólo soy puntual para que no se sepa cuán poco me importa el tiempo ajeno. Descubrí, en fin, que el amor no es un estado del alma sino um signo del zodíaco.»
Obrigado Gabito!
Carlos M. Gomes
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005
Carolos e abrunhos
Felizmente os dois indivíduos saíram nas Picoas e o ambiente ficou mais desanuviado. As mulheres todas, medrosas, ficaram a morrer de medo do tipo. Parecia que tinham sido elas a levar os «abrunhos» ou os «carolos de mãs abertas para cravar as unhas no cérebro». Mal por mal, acho que prefiro ir de carro a levar com os tugas amantes da faixa do meio nas auto-estradas. Pelo menos não os ouço...
Carlos M. Gomes
terça-feira, 15 de fevereiro de 2005
A faixa do meio
Carlos M. Gomes
P. S. - Esta conversa toda de direita e esquerda não tem nada a ver com a campanha eleitoral, muito menos as siglas deste post scriptum...
sábado, 12 de fevereiro de 2005
Ser ordinário
- «É considerado ordinário falarmos de coisas nossas. As únicas pessoas que o fazem são os accionistas, e mesmo assim só em jantares.»
- «O que é ordinário é a conduta dos outros.»
- «Que hábito ordinário nos dias que correm [ainda são os nossos], o de nos perguntarem sempre, após termos dado uma ideia, se estamos ou não a falar a sério! Nada é sério excepto a paixão.»
Carlos M. Gomes
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005
Jornalistas cobardes
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005
Infidelidade
Ou mundo do desejo
Resume-se ao sexo?
Ou à paixão sem nexo
À pura ilusão
Ao egocentrismo
Ao homem machão
À mulher do femininismo
Tudo à roda, em órbita
Tudo se toca
Mas tudo se engana
Para uns é só cama
Para outros é algo mais
Algo que os desengana
Dos comuns mortais
Infidelidade
Nem sempre é infelicidade
Também é saudade
De morrer de paixão
Num sonho de Verão
Repleto de aventuras
Cheio de emoções
Às vezes dura
Às vezes parte corações
A infidelidade entre pessoas
Não é infidelidade interior
É fragilidade com que magoas
É seres fiel ao teu amor
Carlos M. Gomes
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005
Curiosidades diárias e não só...
Tenho seguido a campanha através dos jornais e de vários blogs. É mais calmo, as ideias são mais bem contextualizadas. O Abrupto, é já referência antiga, mas o blog de campanha escrito pelos jornalistas da SIC que seguem os candidatos também é interessante, se bem que levante uma certa questão ética. Para quem gosta das coisas com um pouco de humor o Blogotinha é uma alternativa a ter em conta. Era para ser um Carnaval sem campanha, mas os palhaços não resistiram...
Carlos M. Gomes
terça-feira, 8 de fevereiro de 2005
Os amigos e os "amigos"
Os "amigos" que estão connosco nas horas más, nunca se sabe se depois não fazem um exercício de exorcização dos seus males através da nossa pessoa. Esses dizem: «Deixa lá. Há pior!» Raríssimos são aqueles que partilham uma alegria nossa sem a invejar e desejar para eles próprios. Os que conseguem partilhar uma alegria, de forma sincera, honesta e íntegra, com um amigo são os verdadeiros. Os outros... Bem, os outros são só os outros!
Carlos M. Gomes
sábado, 5 de fevereiro de 2005
A careca e o verso do Aleixo
«Uma mosca sem valor,
Pousa co'a mesma alegria
Na careca de um doutor
Como em qualquer porcaria.»
«Não se meta comigo em verso
Que nada pode fazer;
Olhe que eu não sou perverso,
Mas em verso posso ser.»
Carlos M. Gomes
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2005
Podes mudar o Mundo?
A certa altura, a rapariga sentou-se em frente a um colega, para aí com os seus 16/17 anos. Ele, com uma posição mais calma, disse-lhe uma frase dilacerante, pelo menos para mim: «Achas que vais mudar o Mundo?» Ele, óbvio, acha que isso é impossível. Ela não. Eu já achei mais possível, mas tenho quase 30 anos e muita pancada no corpo e na alma, mas um miúdo de 17 anos ter para si que não pode mudar o Mundo?! Se há altura na vida de uma pessoa em que esse sentimento é legítimo, é precisamente nessas idades.
Esta é a juventude que temos. Se não acreditam que podem mudar este mundo agora, quando é que vão acreditar? Ela acredita. Isso explica porque as mulheres são cada vez mais dominantes. Se calhar, ainda bem que é assim...
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005
Quero um castigo dos deuses
«Recordo-me de ter lido, em algum estranho volume, que quando os deuses desejam castigar-nos, fazem-no respondendo às nossas preces.»
Carlos M. Gomes
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005
Doce, quente e branda manhã
Dia de sonhos vãos
De estranhas ambições
Doce, quente e branda manhã
Que banha todos os corações
Inunda-os de esperança
Afoga a vingança
E leva-nos a crer que
nem tudo é sofrer
Doce, quente e branda manhã
Leva-me a alma até onde puderes
Ao fundo de um sonho
Em expirais estontentes
Leva-me de novo
A ser um puto risonho
Doce, quente e branda manhã
Carlos M. Gomes
terça-feira, 1 de fevereiro de 2005
O desejo que nos podemos conceder
«O génio libertado diz ao pescador:
- Formula três desejos que eu os executarei. Qual é o teu primeiro desejo?
- Ei-lo - disse o pescador. - Quero que me tornes suficientemente inteligente para que possa escolher na perfeição os dois desejos seguintes.
- Concedido - disse o génio. - E agora, quais são os teus outros desejos?
O pescador reflectiu por um momento e respondeu:
- Obrigado. Não tenho mais desejos.»
Carlos M. Gomes
sábado, 29 de janeiro de 2005
O instantâneo
«O que vemos de alguém em determinado momento é um instantâneo de sua vida, na riqueza ou na pobreza, na alegria ou no desespero. Os instantâneos não nos mostram o milhão de decisões que nos levaram a esse momento.»
Carlos M. Gomes
sexta-feira, 28 de janeiro de 2005
"Morrer" para viver
Tudo o que perseguimos não nos quer alcançar
Só apetece fugir
Deixar de sonhar
Virar costas ao Mundo
E desaparecer
Para dentro de um buraco bem fundo
Onde possamos, aos poucos, morrer
E definhar sem chatear
Libertar a alma
Duma Terra de sacrifícios
De falsidades e terror
Para a percorrer e observar
Em todo o seu esplendor
Enfim... viver.
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 27 de janeiro de 2005
Gosto muito do Aleixo nestas quadras de cair o queixo...
«Havia p'ra aí "um graxa"
Que era muito meu amigo:
Agora engraxa sem caixa
Já não se fala comigo»
«Conhecer a fundo a História
Ser estudioso, ter paciência,
- Pode revelar memória...
Mas não grande inteligência!»
«Esta mascarada enorme
Com que o mundo nos aldraba,
Dura enquanto o povo dorme
Quando ele acordar, acaba.»
Obrigado António Aleixo
Carlos M. Gomes
Um electrizante Benfica-Sporting
Carlos M. Gomes
terça-feira, 25 de janeiro de 2005
Brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!
Carlos M. Gomes
sexta-feira, 21 de janeiro de 2005
A traição
Carlos M Gomes
terça-feira, 18 de janeiro de 2005
sexta-feira, 14 de janeiro de 2005
Tão longe de tudo!
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 13 de janeiro de 2005
Plagiadores e sexo: aqui como lá!
Por cá, o nosso plagiador está agora ao serviço de um clube de topo com uma função nevrálgica. Isto, depois de ter plagiado umas "paginitas" de um conhecido jornal espanhol e de ter "comido" umas estagiárias na casa de banho de uma publicação desportiva nacional. Enfim... é assim. Mas fiquemos satisfeitos. Na lógica de Bagão/Lopes, se lá fora se faz, cá dentro é também aceitável.
Carlos M. Gomes
Curiosidades diárias e não só
quarta-feira, 12 de janeiro de 2005
O amor é fodido e as mulheres são más
«Eu sempre achei que a Teresa era boa. É essa a pancada dos homens: têm a mania que são maus. Que são tão sacanas e mentirosos que as namoradas têm de ser melhores, por força da física.
Não percebemos que há mulheres más. Muitas mulheres más. Muitas muito más. Mais mulheres más que boas. Aí dez más para cada boa. Atenção: boas geralmente feias e desinteressantes.»
Carlos M. Gomes
terça-feira, 11 de janeiro de 2005
Ode a uma caneta
E não digital
Força toda a lógica
Para além do trivial
Transporta a emoção
Em toda a sua cor
E não a informação
Desejada pelo professor
Não trouxe boas notas
Nem por isso quis fazer
Mas trouxe inspiração
E encheu-me de prazer
Em todas as linhas
Em todos os pensamentos
Até de gatinhas
Nos maus e bons momentos
Carlos M. Gomes
quinta-feira, 6 de janeiro de 2005
Intuir...
Deixar de existir
É mais fácil deixar
E simplesmente desistir
Mas algo nos move
Uma estranha e indizível sensação
Algo que comove
Talvez uma intuição
Aquilo que nos leva a saltar barreiras
A correr Mundo, a vida
A cruzar fronteiras
Com a alma despida
Vai-se fortalecendo
Ganhando experiência
Enfraquecendo
E perdendo a paciência
Emerge em nós e vibra
Compele-nos para a vida
Embriaga-nos como a sidra
Caímos de rastos
Ébrios mas não vencidos
Acordamos e sonhamos
Temos uma visão
O resto do tempo
O que vamos fazer?
Talvez cobiçar
Ou quem sabe desaparecer
Quando tudo parece acabar
Penso em resistir
Em viver e alegrar
Num sorriso para me divertir
Carlos M. Gomes
quarta-feira, 5 de janeiro de 2005
O escorpião de cada um...
«Um escorpião, que desejava atravessar um rio, dirigiu-se a uma rã:
- Leva-me às tuas costas.
- Queres que te leve às minhas costas! - responde a rã - Nem penses! Se te levar às minhas costas, tu vais-me picar e matas-me.
- Não sejas estúpida - diz-lhe então o escorpião - Não vês que, se te picar, tu vais ao fundo e eu, que não sei nadar, afogo-me?
Os dois animais estiveram assim a discutir durante algum tempo e o escorpião mostrou-se tão persuasivo que a rã aceitou levá-lo a atravessar o rio. Carregou-o no seu dorso escorregadio, ele segurou-se e começaram a travessia.
Chegados ao meio do grande rio, onde se cavam os remoinhos, de súbito, o escorpião picou a rã. ESta sentiu o veneno fatal espalhar-se pelo seu corpo e. ao afundar-se, arrastando consigo o escorpião, disse-lhe:
- Vês? bem te disse! Olha o que fizeste!
-Que queres? - respondeu o escorpião antes de desaparecer nas águas glaucas. - É a minha natureza.»
Carlos M. Gomes
terça-feira, 4 de janeiro de 2005
Os nossos media
Ora quer isto dizer que Pinto Balsemão, Paes do Amaral e Paulo Fernandes têm razão para estar felizes e de bolsos cheios. Mas não será isto um rude golpe na ladainha tantas vezes repetidas de que a comunicação social não dá dinheiro? Que o que se ganha, mal chega para pagar em condições aos jornalistas que todos os dias garantem que jornais, rádios e televisões continuem a produzir cada vez mais? E produz-se mais a cada ano, ao contrário do que seria lógico se a comunicação social não desse dinheiro.
Mas os ganhos chegam para os administradores dos grande grupos de media andarem a pavonear-se, assim como outros parasitas do trabalho dos jornalistas. Mas a culpa é destes últimos, que graças a uma paixão grande pela profissão se declararam incapazes de gerir. Por isso os media estão como estão. Os bem postos, defendem-se. Os outros vão entrando com fraca qualidade, pois trabalham com péssimos salários e até de borla. Com este ritmo não há quem aguente a paixão pela profissão e as contas para pagar. Isso faz com que o jornalismo, cada vez mais, seja uma profissão para os meninos ricos, que sem encargos, não se importam de trabalhar de borla ou por meia tuta. Os patrões agradecem, o público também não é tão exigente quanto isso e todos são felizes. Merecem-se.
Os erros são cada vez mais frequentes e mais gritantes. Mas isso não importa. Importa é vender publicidade e fazer dos jornalistas vedetas sem conteúdo como alguns leitores de notícias das televisões. E assim se vão enchendo os bolsos dos grupos de media nacionais. À base da falta de qualidade e fiados na falta de união da classe. Nem têm dinheiro para pagar ao mísero jornaleiro.
Carlos M. Gomes