terça-feira, 17 de abril de 2007

Xutos... da vida

«Sim!, disse o leitor encantado, é sensato, é genial, compreendo-o e admiro-o. Eu próprio pensei cem vezes a mesma coisa. Por outras palavras, esse homem lembrou-me a minha própria inteligência e, por conseguinte, eu admiro-o.»

Coleridge

Perante a vida, existem várias questões que se nos colocam. A música às vezes ajuda-nos a traduzir aquilo que pensamos e foi isso que fizeram hoje os Xutos durante a minha exasperante seca profissional. Aqui fica um "medley" de letras:

Se:

«A vida vai torta
Jamais se endireita
O azar persegue
Esconde-se à espreita

Nunca sei um passo
Que fosse correcto
Eu nunca fiz nada
Que batesse certo»

Mas não desanimo porque há mais sonhadores com esperança:

«Pensas que eu sou um caso isolado
Não sou o único a olhar o céu
A ver os sonhos partirem
À espera que algo aconteça
A despejar a minha raiva
A viver as emoções
A desejar o que não tive
Agarrado ás tentações

E quando as nuvens partirem
O céu azul brilhará
E quando as trevas abrirem
Vais ver, o sol brilhará
Vais ver, o sol brilhará»

Mas para isso tem de se fazer escolhas, nem sempre fáceis:

«Tempo que perdes sem decidir
Tempo que gastas sem arriscar
Espaço que te foge das mãos
As coisas que deixas passar

Sai p'ra rua, sai p'ra rua

Deixa o rebanho, pára de pastar
Esquece o conforto do lar»

E se a decisão for partir:

«Adeus vida atinada
Dos horários e das bichas
E das gripes do inverno
E do suor do verão
Adeus vida atinada

Adeus às praias
Cheias de gente
E um beijo p`ra quem fica

Adeus vida atinada
Ter de dormir sete horas por dia
Ir para o trabalho e ainda é de noite
Sempre o mesmo a todas as horas
Adeus vida atinada
Das mil maneiras de passar fome»

É ir e não olhar para trás:

«A carga pronta metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás»

Meramente uma hipótese académica com alguns contornos de realidade.

Sem comentários: